“Idealiza-se um novo homem para um novo século, que deva ser  construído com base em relações mais saudáveis ... Provem certamente de uma nova  mentalidade cultural, descrita em termos de paradigmas alternativos que agregam  valores, práticas e propostas associadas a uma visão critica das antigas formas  de convivência nos diversos setores da atividade humana”.  Del Prette, (2001,p.213).
O fenômeno da globalização  não é novo. O  que é novo é a rapidez e a  intensidade com que o processo está acontecendo, provocando mudanças no setor da  cibernética e da tecnologia de ponta. O processo de globalização está trazendo  para as organizações, assim como para as pessoas, inseguranças e incertezas,  ameaças e oportunidades. Implica em mudanças nas condições de  competitividade  das empresas. 
A  globalização contemporânea é vista antes de tudo como um produto da expansão  cada vez  mais ampliada do capitalismo e  da sociedade de consumo, acarretando uma crescente  mercantilização da vida humana que teria  atingido níveis inéditos na história. Numa sociedade moldada pelo fetichismo da  mercadoria dominada pela lógica contábil em que tudo é transformado em grandezas  abstratas, passíveis de serem compradas e vendidas, fica difícil imaginar a  manifestação de culturas ou civilizações com distintos padrões de organização,  capazes de vivificar valores como pacifismo, solidariedade, cooperação,  aceitação. O fruto da globalização são pessoas individualistas, preocupados  somente consigo, não dando mais atenção aos que os rodeiam, e isto também  implica na mudança de padrões de comportamento e na rotina de suas vidas, em  suas relações, levando-as muitas vezes a problemas de estresse. 
Programas de reestruturação organizacional e pessoal estão cada vez mais  em evidência diante de cenários mercadológicos adversos e em contínua  transformação. O uso intensivo da informática, a revisão dos processos  empresariais, o planejamento estratégico, tem sido, dentre outras ações,  elementos importantes para a sobrevivência das organizações. Pode-se entender  que uma organização é mais competitiva que outra quando aplica recursos em  tecnologia de última geração, ou então utiliza as melhores práticas em  processos, ou ainda compra do mercado o melhor sistema de informação. Porém,  tudo isto pode ser adquirido pelos concorrentes e a liderança mercadológica  torna-se efêmera.
Entende-se que processos, tecnologia, sistema de  informações são pilares de sustentação para programas de reestruturação  organizacionais, mas o grande diferencial que realmente torna uma organização  mais competitiva que outra são as pessoas e as relações entre elas. O domínio de  informações  privilegiadas sempre  conferiu poder e status às pessoas. Atualmente, o acesso as informações é  democrático,  estão a cada  dia mais dinâmicas, são acessíveis a todos,  distribuídas de forma maciça e caótica. O desafio na sociedade globalizada são  as relações que somos capazes de manter. Ter   colaboradores capacitados, que estejam em sintonia, administradores  de suas emoções de modo a não serem dominados por elas, sendo capaz de se  relacionar com os outros de modo significativo   e de identificar  os sentimentos  dos outros, capazes de fazer e receber críticas, que entendam os conflitos e  resolvam diferenças interpessoais, isso não se compra, se faz mediante um  programa contínuo de aperfeiçoamento e de retenção de talentos. O movimento dos  colaboradores se manifesta no decorrer dos anos num relacionamento ganha-ganha  com a empresa, onde se tem um ambiente agradável e desafiador. O diferencial de  qualquer empresa está nas pessoas, isso implica ter excelente clima  organizacional que por sua vez, depende também de como se canalizam as  emoções  dos  indivíduos.
Freqüentemente   falhamos em reconhecer a complexibilidade dos processos de mudanças. Aprendemos desde muito cedo a dividir  os problemas, a fragmentar o mundo, o que parece ter o dom de facilitar tarefas  e questões complexas, firmando noções de valores individualistas. Mas o preço  que pagamos é alto, pois deixamos de ver as conseqüências dos atos e vamos  perdendo a noção de integração, de sinergia existente em todas as fases de um  processo, não direcionamos nossa atenção nos verdadeiros elementos que promovem  impactos sensíveis nas relações: AS  PESSOAS
Apesar de  convivermos com a tecnologia que nos aturde freqüentemente, estamos descobrindo  que é o humano que cria, o humano que pode transformar as relações..  Freqüentemente muitos executivos não enfatizam os relacionamentos interpessoal  no qual as pessoas  expandem  continuamente sua capacidade de criar  resultados, provocando o surgimento de elevados padrões de raciocínio onde a  aspiração coletiva é libertada e as pessoas aprendem continuamente em grupo. É  preciso destruir a ilusão de que os processos organizacionais são compostos por  forças separadas e não relacionadas entre si. perceber que atrás dos pensamentos  empresariais existem pessoas que interagem e decidem Mas é preciso ter coragem  para mudar, é necessário  nos adequarmos  ao novo mundo, pois adotar novos padrões de comportamento não é fácil.  Precisamos superar esse medo e adotarmos uma visão de mundo mais holística, para  sermos competitivos e desfrutarmos de uma melhor qualidade de vida.

